As histórias

As histórias

Sabe, amiga,
houve um dia
em que as histórias
eram contadas
de várias formas...

Os animais falavam,
viviam aventuras,
até ensinavam...

As princesas sofriam,
tinham madrastas más
mas acabavam felizes...

Sabe, amiga,
hoje em dia
as histórias são minhas
e eu as conto
de várias formas...

Tem quem me escute
quietinho e também
quem entre no enredo...

Tenho mil ideias
guardadas na cachola
e disto não faço segredo...

Neide Escada da Rosa

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Joaninha perdidona

Joaninha perdidona

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Quem fosse tracejar o caminho que ela fez, veria um zigue-zague complicado.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?
Só se sabe que ela andou e andou...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Subiu pedras, cruzou trilhos de formigas e mais ainda zigue-zagueou...
O que será que ela sentiu?
O que será que ela pensou?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Quem quisesse entender o zum-zum-zum da Joaninha, deveria andar igual a ela.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?
Só se sabe que um dia ela parou...

A Joaninha olhou pra todo lado, estava perdidona e queria encontrar um lugar para seus pezinhos descansar...
O que será que ela sentiu?
O que será que ela pensou?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Ela não queria mais andar e nem zigue-zaguear, num lugar seguro ela iria cochilar.
Onde será que ela parou?
Onde será que se enroscou?
Só se sabe que sorriu e encontrou...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Agora era no sonho que ela andou e andou, completando um desenho complicado.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Ela não queria mais sonhar, ela só queria descansar, então a Joaninha suspirou e bem alto ela roncou.
Até quando ela dormiu?
Até quando o sol surgiu.
E lá voltou a Joaninha...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...

Neide Escada da Rosa

 

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O sapinho e a flor

O sapinho e a flor

O sapinho tocava violino
mas tocava tão bem
que enfeitiçou uma flor

A flor escutava
a música tão linda
e o sapinho mais ainda tocava

Anoitecia e ele seguia tocando
o violino tão mágico
que acendeu uma flor

A flor iluminava
a noite tão especial
e o sapinho mais feliz ainda tocava

Neide Escada da Rosa

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ESTRELINHAS

ESTRELINHAS

E stas luzinhas
S ão tão coloridinhas
T em o tamanho dos sonhos
R iem em brilhos tão risonhos
E stas amiguinhas
L ivres e pequeninhas
I mitam o ardor do sol
N as faíscas de seu farol
H á muitas estrelinhas
A piscar no céu
S ão todas fadas-madrinhas

Neide Escada da Rosa

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Primavera

Primavera

É quando as flores
se abrem em cores

Tem tanta planta
que me encanta!

Tem flor pequena
espalhada pelo campo

Tem flor grandona
plantada nos jardins

Tem tanta diferença...

Tem flor amarela
chamando o sol

Tem flor branca
imitando nuvem

Tem tanta vida
que é colorida!

É a estação das flores
de todas as cores

Neide Escada da Rosa

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A vovó e a primavera

A vovó e a primavera

A vovó está com pressa
pois está chegando
a primavera

A manta será guardada
com perfumes
 e amor

Mas precisa, antes
ficar pronta e
cheia de cor

A vovó não quer conversa
tricota com a rapidez
mais esperta

Ela não é boba nem nada
e vai querer aproveitar
o mês de setembro

Para conversar bastante
com a Mãe Natureza
porque em dezembro

A vovó vai cair na gandaia
sem preocupações
ela vai aproveitar a praia!

 
Neide Escada da Rosa

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Carinho Carijó

Carinho carijó

Tô preparada
aos cuidados
que você exige...

Canjinha quente
travesseiro fofo
lencinho de papel

O morango vermelho
é vitamina C
uma colher de chá

pra adoçar teu paladar!

Neide Escada da Rosa

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Um pato-presente

Um pato-presente

Hoje é dia de visita
a uma pessoa especial
por isso venho com fita
em laço caprichado

Por você, eu enfeito
até meu chapéu normal
pra que ele tenha um jeito
de primavera floral

Eu trouxe neste vaso
um pé de fruta sem igual
ela tem um sabor vitaminado
de amor e cuidado

Neide Escada da Rosa

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O sapinho da bruxa

O sapinho da bruxa
 
Verdinho e verruguento
Ele vivia em companhia
de uma bruxa maluquinha

Saltando daqui e dali
Tudo observava, atento
O sapinho não era lento

Possuía ótima memória
A bruxa atrapalhadinha
contava com sua mãozinha

Ela não errava receita
porque seu ajudante
encontrava na estante

Cada mágico ingrediente
que se escondia na cozinha
daquela distraída bruxinha

A gente sabe que um dia
o sapinho será um grande
bruxo, parente de duende

Neide Escada da Rosa

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Costureira atrapalhada

Costureira atrapalhada

Sempre com pressa,
pobre costureira
atrapalhada...

Perde o compasso,
pé no pedal
enfeitiçado...

Cose, cose
a costureira

mas a costura
nunca fica inteira!

Neide Escada da Rosa

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SEMENTINHAS DE AMOR

SEMENTINHAS DE AMOR

Elas descansam
bonitinhas e quietinhas
Elas esperam
para brotar e enfeitar
a vida, tão bonitinhas...

Elas nascerão
coloridas sementinhas
Elas espalharão
um doce perfume pelo ar
elas são tão coloridas...

As sementinhas de amor!

Neide Escada da Rosa

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A Camundonga mocoronga

(Imagem do blog:http://yelloweesa-paginasamareladas.blogspot.com/ - inspirada na ilustração do livro:"A Viagem de Dona Ratinha" de Piet Broos.)

A Camundonga mocoronga
(e seu marido songamonga)

Ela é realmente mocoronga
tem pouca força de vontade
tudo o que faz fica pela metade

Quando ela vai à praia
esquece de amarrar a tanga
na festa, não solta a franga...

Quando ela casou-se
usou véu sem grinalda
seu pudim nunca tem calda...

Seu marido é songamonga
não fala de quase nada
sua vida é totalmente parada

Mesmo quando tem fome
ele nem pede pela janta
quando ouve música nem canta...

Mesmo quando fazem fofoca
ele continua muito quieto
e não mata nenhum inseto...

Ele espera que a Camundonga
mesmo sendo mocoronga
resolva tudo, ainda que seja pela metade!

Neide Escada da Rosa

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Fadinhas do amor

FADINHAS DO AMOR

Sempre juntas elas trabalham
mas parece que brincam sempre

Vestidas na cor rosa elas bailam
e parece que de pétalas estão vestidas

As fadinhas do amor por aí espalham
um perfume doce, assinatura de fadinhas

Sempre felizes elas desfilam
mas parece que sorriem sempre

Carinhosas nos gestos que falam
e parecem escrever palavras carinhosas

As fadinhas do amor por aí derramam
uma chuva cheirosa, presente de fadinhas

Neide Escada da Rosa

Em céu cor de rosa

Em céu cor-de-rosa

O passarinho verde em céu rosa
ele sabe que esta é a cor do amor
e por isso ele voa tão contente
e chama por toda a gente

Em céu coberto pela cor-de-rosa
nosso amiguinho sente o calor
de amar a vida e ele voa
feliz...ê coisa boa

Neide Escada da Rosa
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Na cerca rosa

Na cerca rosa

O quintal da abelhinha rosa
é rodeado por uma bela cerca
Ela é bonita em vários tons
e dela saem diferentes sons

É porque a abelhinha rosa
deseja que nunca se perca
a melodia da mãe-natureza
que todo dia canta a beleza
Neide Escada da Rosa

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Roendo a Páscoa

Roendo a Páscoa

Acordo cedo no domingo de Páscoa
porque o coelhinho passa cedo por aqui
Não consigo vê-lo, mas sigo seus passos

Ele corre e corre para que logo, logo
ele possa voltar às suas cenouras tenrinhas

Já eu corro logo para a cesta colorida
e me ponho a escolher o chocolate mais gostoso

E aqui estou eu, roendo a Páscoa
lambusado e feliz, agradecido
pelas alegrias da vida

Neide Escada da Rosa

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No jardim rosa

No jardim rosa

No jardim do cogumelo rosa
se encontra a fruta mais doce.
Ela é vermelhinha como a maçã
e redondinha como a romã.

Mas o cuidador do jardim rosa
avisa: só entrou aqui quem trouxe
uma pedrinha bonita de presente
e deixou meu coração contente!
Neide Escada da Rosa

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Pituco

PITUCO

Pois é... Ele nunca voou. Nasceu com um probleminha na asa. Pituco aprendeu tudo o que  precisava, mamãe ensinava a procurar minhocas, vermes e sementes, observá-las cair ao sopro do vento, seu amigo... e lá corria Pituco, voraz atrás do alimento.

É... ele fez amizade com o vento. Quando seu amigo vento soprava de trás, trazia o cheiro de algum predador e zás... Pituco corria pro ninho. Quando o vento soprava forte, chegando de sua viagem lá do Norte, revolvia a terra e Pituco ficava de olho esperto nas comidinhas que se remexiam pelo chão.
Pituco fez muitos amigos e muitos deles voavam e lhe contavam as novidades:

- Lá na árvore de flores rosas eu vi uma linda Corujita dormindo...sua respiração era a mais melodiosa do Universo... suspirava Corujinho apaixonado.

- Sabia que estão consertando a cerca velha do quintal? Não vai mais ter perigo do Sansão correr por aqui, porque não terá mais buracos em nenhum lugar...eu ouvi a Senhora conversando por aí... contava o Penuginha, sempre atento.

Os amigos levavam Pituco à corda do varal e lá ficavam piando e dando risada numa curtição boa de se ver. Do que os amigos mais gostavam eram as histórias que Pituco contava, eles se empolgavam tanto que voavam por perto, buscando objetos que ilustrassem o que estava sendo narrado. E Pituco contava mais e mais, ele tinha imaginação fértil, sua mamãe lhe disse.

Era uma estripulia quando ele contava as Histórias da Noite Escura... Então não ficava passarinho quieto no varal, era uma tremeção e Corujinho soltava um pio medroso a cada minuto. Mas era divertido e no final eles riam a valer só de lembrar que era tudo inventado e que a noite de verdade era quentinha e segura debaixo da asa da mamãe.

Neide Escada da Rosa

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Cafezinho

CAFEZINHO

Coisa gostosa que é o cafezinho
quentinho no meio da tarde
acompanhado de biscoitinho

Vai-se embora num instantinho
o friozinho num alarde
ventando longe e bem sozinho

Neide Escada da Rosa

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Seu Saci

Seu Saci

Ele é um azougue, uma esperteza
mente que é uma beleza
Seu saci da carapuça

Faz zombaria, até da natureza
sua mente muito acesa
não tem juízo na fuça

Neide Escada da Rosa

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Meu gatinho

Meu gatinho

Ele é serelepe e se intromete
mesmo onde não se deve
Gatinho safadinho

Faz troça, em tudo ele se mete
mesmo que seja breve
Gatinho ligeirinho

Neide Escada da Rosa

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Nuvens à mesa

Nuvens à mesa
Está certo que eu vivo nas nuvens
imaginando meu mundo em viagem
e mesmo sentada à mesa

Eu crio histórias e personagens
alimentando minha paisagem
interior com beleza!

Neide Escada da Rosa

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Sombrinha Rosa

SOMBRINHA ROSA

É claro que na primavera
quando as flores estão abertas
inundando o mundo de cor e de amor

E quando a chuva cai em festa
celebrando em gotas de águas frescas
eu saio à rua de sombrinha rosa, toda prosa!

Neide Escada da Rosa

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Amiguinho Azul

Amiguinho azul

Fui contente passear pelos jardins floridos
O dia era belo, com o sol quentinho a clarear
e um vento morninho me fazia cócegas na pele

Não resisto ao encanto das flores coloridas
tão miúdas, as silvestres, boas pra enfeitar
minha casa de bonecas, branquinha como a neve

De repente não mais de flores eram os caminhos
mas cogumelos vermelhinhos enchiam o lugar
e ali eu conheci um amiguinho azul celeste

Ele contou-me os segredos de todas as fadinhas
elas viviam no jardim das flores de enfeitar
semeando sempre ao sabor do vento leste

Voltei rápida e contente, louca pra contar
pra vocês que quem faz amigos sempre vive bem
e pode descobrir o colorido que a vida tem
 
Neide Escada da Rosa
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Carta ao Menino Azul

( Este poema é de Helenice Priedols, em resposta ao poema A MENINA AZUL - ambos inspirados no poema O MENINO AZUL de Cecília Meireles)

Carta ao menino azul

vou te contar em segredo
como virá teu burrinho:
ouve com muito carinho
pois isto não é brinquedo

fecha os olhos - apertado
e imagina o teu amigo
já caminhando contigo
num galope compassado

a cor dele é tua escolha:
preto, azul, avermelhado,
de bolas, listras, malhado,
cor de telha ou até de rolha

ele conta muita história
de fada, de bicho, aventura
descreve como pintura
inventada ou de memória

com ele verás o mundo
bonito como um jardim
serás rei ou mandarim
no piscar de um segundo

e ele vai te apresentar
à menina de aura azul
de um poema lá do sul
que procura alguém pra amar

usa tua imaginação
e deseja com vontade
tudo pode ser verdade
dentro do teu coração


Helenice Priedols

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A Menina Azul

A MENINA AZUL

A menina não era deste lugar
por isso ela queria tudo conhecer!

A menina precisava de alguém
para lhe mostrar
a lua, as estrelas e o amanhecer

A menina tinha uma aura azul
por isso era linda de encantar!

A menina queria ver o enverdecer
dos campos na primavera
e ouvir os pássaros a cantar

A menina procurava por um amigo
que falasse a línguagem do amor

A menina iria passear de mãos dadas
pra sentir na pele
a amizade delicada como uma flor

A menina reconheceria a luz do olhar
deste irmão e poderia, então, sorrir

Porque ela seria, ali, um botão a se abrir!

Neide Escada da Rosa

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Saci-pererê

SACI PERERÊ


Ei, negrinho de uma perna só
volte aqui e desfaz a encrenca!


Meu cavalo não quer ter trança
ele não é menina nem criança


Minha mãe perdeu-se na estrada
precisa voltar, está cansada


A comida toda na panela queimou
estou com fome, o estômago já roncou


Nem adianta assoviar tão agudo
Conheço teus truques e teu pito


Tire deste gorro vermelho e mágico
a solução pra este dia trágico


Neide Escada da Rosa

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A Fadinha Teimosa

A Fadinha Teimosa


Ela queria uma caminha pra dormir
Ela queria um teto pra olhar
quando deitasse cansada de voar


Assim que a Fadinha teimosa
encontrou aquela casinha
bonita da amarela passarinha


Aninhou-se feliz e contente


A dona da casinha ficou de fora
ficou triste a piar
Fadinha amiga veio consolar


- Teimosinha, você tem que sair
é da amarela passarinha
esta confortável casinha!


Pedimos às crianças uma ideia inteligente:
Onde pode a Fadinha morar?


Neide Escada da Rosa

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Na fazenda

Na fazenda 

Gosto demais dos animais da fazenda

Galos, galinhas, vacas e bezerros

Dos bois e touros, tenho medo

Me interessa o que tem de doce

no olhar da malhada vaquinha

Parece que fala com simplicidade

Finjo que converso com ela

e pergunto de seu dia-a-dia

dos pastos e companhias

Me diverte ver as galinhas

ciscando todo o dia

Parece mesmo uma mania

Brinco de assustá-las

e vejo as pobrezinhas a correr

procurando tranquilidade

Gosto da vida na fazenda

natureza, grama e verde

Dos papos com a vaquinha

e dos ovos da galinha

Neide Escada da Rosa

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Doce quartinho

DOCE QUARTINHO

É aqui que termina meu dia de sonhar

depois de tanto brincar e pular

É aqui no meu doce quartinho

que dorme comigo meu gatinho

É aqui que acorda mais um dia

depois de dormir na fantasia

É aqui no meu doce quartinho

que mamãe me dá muito carinho

E me chama pra tomar café quentinho!

Neide Escada da Rosa

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Caipora/Curupira

CAIPORA/CURUPIRA


Os indígenas ensinaram:
a mata tem defensor,
o nome dele é Curupira.
Nem pense o caçador
em enganá-lo, é esperto
este valente protetor!


Não adentre a floresta
sem permissão divina.
Faça uma oração sincera,
escute, a mata ensina
a caçar na data certa.
Não mate a onça felina.


Não quebre os galhos
da árvore acolhedora.
Observe os macaquinhos
e quietinho vá embora.
Não deixe irritado
o habilidoso Caipora!


Os indígenas ensinaram
que ele é enganador,
deixa viradas as pegadas
pra desviar o caçador.
Então,tonto e assustado
foge todo desmatador!


Não adentre a floresta
sem permissão divina.
Peça à Mãe Natureza
uma trilha pequenina
que te envolva, abraço
verde da força feminina!


Não faça nenhum barulho,
ouça a brisa gemedora
que canta com os pássaros.
Traga olhos e filmadora,
compreenda o trabalho
duro do Caipora/Curupira!


Neide Escada da Rosa

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